Bell AH-1F Cobra





Em 1965, o exército dos Estados Unidos estava atuando na guerra do Vietnam e precisava urgentemente de um helicóptero de apoio de fogo dedicado. Naquela época, o consagrado UH-1 Iroquois (vulgo Huey), era usado para transporte de tropas e como helicóptero de ataque, armado com foguetes e metralhadoras. Porém ele não era, exatamente, o helicóptero ideal para essa função de ataque, sendo que a Bell aproveitou para apresentar um desenvolvimento particular ao requerimento do exército dos Estados Unidos.

Apesar dos recordes de combate estabelecidos no Vietnã pelos Huey, o conceito de helicópteros armados ainda enfrentava sérias resistências. Tais aparelhos eram, na verdade, modificações de modelos já existentes, o que resultava em limitações frente às exigências da batalha. Procurava-se, dessa forma, um helicóptero exclusivo para ataque, combinando alto desempenho e menor vulnerabilidade ao fogo de terra, um perigo constante no Vietnã. Como outras companhias, a Bell estava engajada em pesquisas dessa natureza, e muito de seu trabalho pioneiro foi aplicado ao Model 209 que foi apelidado de "Cobra", resultado de uma iniciativa particular para atender ao requerimento do Exército dos E.U.A. de um helicóptero de ataque eficiente, que pudesse ser utilizado no Vietnã ou em qualquer outra área que fosse necessário.

A configuração estabelecida para o Cobra (artilheiro e piloto sentados em 'fileira', num cockpit protegido por blindagem, canhão/metralhadora/lançador de granadas no nariz, armamento do tipo foguetes/mísseis em aletas nas laterais da fuselagem) foi tão bem sucedida que tornou-se o padrão para a maioria dos helicópteros de ataque desenvolvidos nos anos seguintes.

Depois da guerra do Vietnã, ficou claro que um novo sistema de armas havia sido criado e foi encomendado por muitas forças aéreas equipamentos similares. Os Cobra, foram adquiridos pela Marinha e exército dos Estados Unidos maciçamente para poder fazer frente ao poder do pacto de Varsóvia na Europa, que dispunha de muito mais blindados que as forças ocidentais. No entanto, as aquisições do Exército ultrapassaram as 1.000 unidades em 1972, enquanto os Fuzileiros Navais receberam 38 em empréstimo, aguardando a disponibilidade do AH-1J Sea Cobra
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